Neste ano, os estudantes tiveram que escrever sobre o desafio para a formação educacional de deficientes auditivos no país. No ano passado, o assunto de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi “Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil”. Violência contra a mulher, publicidade infantil, lei seca e movimento imigratório também foram abordados nas últimas edições.
 
"Nós, surdos e surdas, ficamos feliz com a escolha. Já está na hora de sermos visíveis perante a sociedade, assim como a língua de sinais brasileira (Libras). É uma conquista de uma parcela significativa da população que vem lutando diariamente para ser de fato incluída", analisou Ana Regina de Souza Campello, ex-presidente da Feneis (Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos). 
 
"Não basta a acessibilidade, que é um direito natural, mas os surdos e surdas são sujeitos sinalizantes e pensantes. Assim as pessoas estão motivadas a conhecer mais nossas singularidades: cultura, identidade e história. Só podemos dizer que é uma conquista histórica", concluiu.
 
Direitos humanos
 
A prova foi realizada após uma mudança na regra de avaliação que permitia zerar a redação de candidatos que desrespeitassem os direitos humanos. A ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), negou no sábado (4) pedidos de liminar feitos pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e Advocacia-Geral da União (AGU) para restabelecer os critérios de correção da redação do Enem. 
 
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