Embora seja um tema delicado de tratar, falar sobre o câncer de mama pode ajudar a esclarecer mitos e verdades, e assim, conscientizar e diminuir o temor associado. Por isso, hoje vamos falar sobre prevenção, sintomas, tratamento, diagnóstico e o papel de algumas profissões na prevenção e no tratamento do câncer de mama.
 
Quanto antes melhor é o mote da campanha Outubro Rosa 2020, anunciado pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM). Esse tema vem para estimular a detecção precoce do câncer de mama, o que pode salvar vidas. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), um em cada três casos de câncer pode ser curado se for descoberto no início
 
Segundo o INCA, a estimativa é que, de 2020 a 2022, sejam diagnosticados 66.280 novos casos de câncer de mama no Brasil. Em 2018, o número de mortes por câncer de mama foi de 17.763, das quais 17.572 eram mulheres e 189 eram homens.
 
Esses números mostram que o câncer de mama seja o tipo mais comum, depois do câncer de pele, e também o que causa mais mortes em mulheres. 
 
Ainda que a maior incidência de casos seja em mulheres, não apenas elas desenvolvem casos da doença. Os homens também podem ter câncer de mama, apesar de isso ocorrer em apenas 1% dos casos. 

O que é câncer de mama?

O câncer de mama é uma doença gerada pela multiplicação desordenada das células da mama, que, ao se multiplicar, geram células anormais e formam um tumor. 
 
Existem diversos tipos de câncer de mama, que evoluem de formas diferentes também. 
 

Sintomas do câncer de mama

Segundo o INCA, em geral, o câncer de mama pode ser notado nas fases iniciais por conta de seus sintomas e sinais que aparecem no corpo:
 
 • Nódulo, fixo e geralmente indolor: é a principal manifestação da doença.
 • Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja.
 • Alterações no bico do peito (mamilo).
 • Pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço.
 • Saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos.
 
Se notar esses sinais, é importante procurar os serviços de saúde, como, por exemplo, um mastologista, que é o médico especializado na área, para ele começar uma investigação. 
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Detecção precoce: quanto antes, melhor

É importante que as mulheres estejam atentas aos seus corpos e a cada manifestação de alteração na região mamária. Assim, com a descoberta desses pequenos sinais, será possível descobrir precocemente casos de câncer de mama, o que torna mais fácil prosseguir com tratamento menos agressivo e com maior probabilidade de cura, na maioria dos casos.
 
A mamografia de rastreamento é o exame feito quando não há sinais nem sintomas, e seu principal objetivo é rastrear o câncer de mama por meio da detecção de nódulos nos seios, antes mesmo que eles sejam palpáveis. 
 
Além disso, o Ministério da Saúde, seguindo orientação da OMS, incentiva e recomenda que a mamografia seja realizada pelas mulheres de 50 a 69 anos, de dois em dois anos
 
Além da mamografia, o diagnóstico é ancorado no tripé: exame clínico, exame de imagem e análise histopatológica. É necessário realizar anamnese completa, exame físico e exames de imagem, para avaliar a necessidade ou não de uma biópsia.
 

Como prevenir o câncer de mama

Existem algumas ações que podemos realizar para diminuir as chances de desenvolver câncer de mama. Em torno de 30% dos casos da doença podem ser evitados com hábitos saudáveis como:
 
 • prática regular de exercícios físicos, com a supervisão de um profissional de Educação Física especializado;
 • manter uma alimentação saudável e equilibrada;
 • manter o peso corporal;
 • evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas;
 • realizar a amamentação;
 • evitar o uso de hormônios sintéticos, como anticoncepcionais.
 

A atuação da Enfermagem Oncológica contra o câncer de mama

Durante o processo de diagnóstico e tratamento do câncer de mama, uma equipe multidisciplinar será necessária para acompanhar o processo, desde o diagnóstico até o cuidado pós-tratamento.
 
A equipe multidisciplinar de saúde para tratar do câncer de mama pode incluir os seguintes profissionais: médicos mastologistas e oncologistas, enfermeiros oncológicos, nutricionistas, psicólogos, entre outros. Profissionais da saúde que podem ser especializados em Nutrição e Exercício Aplicado à Prevenção e ao Tratamento de Doenças; Estética e Exercício Físico na Saúde da Mulher; e Uroginecologia.
 
Segundo a professora Érika Santos, docente do curso de Pós em Enfermagem Oncológica da Pós Estácio, o enfermeiro avalia os efeitos da doença, o tratamento e a resposta do paciente às intervenções, e planeja os cuidados de enfermagem de acordo com as características individuais de cada paciente.
 
O enfermeiro oncológico é especializado em tratar e acompanhar os mais variados tipos de câncer, como os linfomas e o câncer de mama, como já mencionado.
 
Uma das formas de estar preparado e com os conhecimentos atualizados para lidar com o dia a dia do tratamento de pacientes com câncer de mama é a busca constante por atualização profissional e pela obtenção de conhecimentos específicos em oncologia. Assim, um dos caminhos indicados é a realização de uma Pós em Enfermagem Oncológica.