Problemas com dinheiro e pressão exercida pela escola são as maiores fontes de ansiedade para os adolescentes brasileiros, conforme aponta pesquisa realizada pela Fundação Varkey, em parceria com a Populus. Os dois fatores aparecem à frente de questões como saúde, violência, família, amigos, redes sociais e recursos básicos (alimento, água limpa, etc.).
 
Ao todo, foram 20.088 entrevistas online com jovens de 15 a 21 anos, de 19 de setembro a 26 de outubro de 2016. Além do Brasil, também estão no estudo: África do Sul, Alemanha, Argentina, Austrália, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Israel, Itália, Japão, Nigéria, Nova Zelândia, Reino Unido, Rússia e Turquia.
 
Cada jovem entrevistado escolheu as três maiores fontes de ansiedade. No Brasil, 58% dos jovens elegeram “dinheiro”; 45% marcaram “escola” e 35%, "família".
Considerando a média dos 20 países da pesquisa, 46% dos adolescentes afirmaram que a pressão dos colégios colabora para o mal-estar. Os índices mais elevados foram registrados na Coreia do Sul (70%) e no Canadá (63%), dois países que ocupam posições de destaque nos rankings de matemática e de leitura do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos).
 
Por outro lado, é também na escola que os jovens procuram referências de valores que desejam seguir. A pesquisa indica que, na média global, para 70% dos adolescentes, os professores exercem influência significativa sobre seus pensamentos. Os docentes ficam atrás somente dos pais, que interferem nos valores de 89% dos filhos. No Brasil, 93% dos jovens mencionaram os pais e 84%, os professores.
 
*Com informações de Exame e G1.