Assim como os humanos, os cachorros têm dificuldade de se exercitar e tendem a comer mais do que o normal no inverno. Eles ficam preguiçosos e acabam dormindo em excesso. 
 
Além da ausência de exercícios, no inverno, o gasto calórico do organismo é maior para que se mantenha a temperatura corpórea. De acordo com a veterinária Carla Storino Bernardes, essa quantidade chega a aumentar em até 20% nesse período. E aí vem a preguiça. 
 
No entanto, a falta de movimentação e a ingestão de maior quantidade de alimentos pode resultar na obesidade dos animais. A obesidade é uma patologia, e não somente um excesso de peso. Ela pode ser constatada a partir de uma alteração no padrão racial ou no aumento significativo de peso em relação àquele ideal do cachorro. Se o cachorro for de raça, existe um padrão predefinido de peso, tamanho e outras características fisiológicas. 
 
Algumas disfunções são semelhantes às patologias que afetam os seres humanos, como o hipotireoidismo – pouca ou mínima produção do hormônio da tireoide – e transtornos da glândula adrenal (suprarrenal nos seres humanos), que, quando produz seu hormônio em excesso, causa aumento de peso.
É claro que todo o diagnóstico da doença deve ser feito por um veterinário. Assim que o dono do animal verificar qualquer tipo de anormalidade, o cachorro deve ser levado ao especialista. Descartada qualquer doença hormonal, o controle do peso pode ser iniciado. Ele se dá pela restrição calórica e pela prática de atividades físicas.
 
O tratamento é baseado em três pilares: a conscientização do dono à respeito da situação, a seriedade na dieta e a frequência dos exercícios. "É importante entender que um cão obeso tem dois anos a menos de vida. É como se fossem 12 a menos para um ser humano", alerta o veterinário Ricardo Stanichi Lopes. Quanto à restrição calórica, ele afirma que a melhor ração é aquela específica para cães obesos, e não necessariamente as rações light. 
 
*Com informações de Estadão.