A leitura como prática eficaz no tratamento das Dificuldades de Aprendizagem*

Mais que fonte de conhecimento, a leitura tem trazido bons resultados em casos de Dificuldades de Aprendizagem.



O que é Dificuldade de Aprendizado?
Essa expressão se refere a situações que podem afetar a capacidade de apreender conhecimentos interrompendo a cadeia do aprendizado e podem ser sócio-biológicas, conturbando o desenvolvimento cognitivo.

Estudos demonstram que, sendo a leitura uma área que amplia o leque de ações, inclusive as inter-relações entre diversas áreas, a interatividade entre os alunos, aliada a dinâmicas bem orientadas, podem incluir a criança em seu meio, aumentando a estima e efetivando o processo de aprendizagem. 

Mesmo em situação de caos, a leitura, seja ela realizada pela criança ou por um adulto, pode ajudar no processo de aprendizagem da criança, inclusive em casos de diagnósticos mais complexos de origem neurológica ou cognitiva – ou patologias identificadas de caráter mais profundo – sempre haverá algum tipo de ganho, pois a leitura é mais que conceito, lida com estímulos, símbolos e abstrações.

No entanto, há aquela criança que tem justamente dificuldade na aprendizagem da leitura, pois tem uma maior dificuldade de concentração, o chamado Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), ou ainda a Dislexia, um distúrbio neural.
 
Como há vários níveis nessa dificuldade, há também vários procedimentos no tratamento.
“A leitura é uma atividade cognitiva em que ao mesmo tempo que se lê (decodificação visual) se dá um duplo reconhecimento: um auditivo e outro semântico; é complexa, pois depende do adequado funcionamento de processos cognitivos de natureza perceptiva lexical, sintática e semântica os quais podem ser organizados em processos de nível inferior ou de decodificação e processos de nível superior de compreensão.” (MARTINS, Maria da Conceição Pacheco Sampaio.  Dificuldades de Aprendizagem Específicas Centradas na Leitura e Práticas Eficazes de Intervenção.  Tese de Mestrado.  Universidade do Minho: 2009.)

Políticas públicas vêm sendo feitas no sentido de fomentar os saberes e as práticas da inclusão, na tentativa de amenizar as limitações ou dificuldades de aprendizagem que possam atrapalhar o processo de desenvolvimento global da criança.

O importante é tentar detectar o quanto antes essas situações para que o tratamento seja aplicado precocemente e tenha resultados mais significativos para a criança.

Recomendo a leitura de uma publicação do Ministério da Educação, mais precisamente da Secretaria de Educação Especial, sob coordenação da professora Francisca Roseneide Furtado do Monte, que disponibilizamos aqui, o arquivo em formato PdF.


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*O texto foi escrito por Rita Alves, sob consultoria de Fernando Savino.